Destino e liberdade
“Nenhum homem é livre se não puder comandar a si mesmo” (filósofo Pitágoras), mas até onde vai essa liberdade? O ser humano tem o poder de gerir a sua existência e se posicionar ante à situação, ditando regras, leis ou mesmo fugindo das que preexistem? Pode o homem dizer que não vai morrer, ainda que o corpo amortecido pela idade insta em sucumbir? Ser livre é não ter “prisões”, ou seja, não ter condicionamentos. Ter liberdade é não ser limitado.
O homem inicia a sua jornada inocente como qualquer outro animal, mas com o passar do tempo consegue entender algumas regras e limitações. Vale dizer que nessa caminhada ele adquire um jeito próprio de manifestar a sua identidade, que por mais que seja parecido com os demais humanos, é de fato, diferente. A sua expressão no mundo é manifestada por valores arraigados em seu ser, fazendo com que ele decida (não obstante desfrutar, às vezes, das mesmas heranças genéticas e reações fenotípicas), de forma diversa.
Se no destino temos a irresponsabilidade, na liberdade, temos a responsabilidade. Quando analisamos o destino e o aceitamos, olvidamos do passado, presente e futuro, porque frustrados com a determinação comissiva, vivemos irresponsavelmente, pelo fato das ações estarem traçadas. Mas quando o negamos, temos a noção clara do aprisionamento do passado, da incerteza agoniante do futuro, e da fuga do presente da nossas mãos, pois à cada momento, esvai-se.
Destarte, se percebemos essas duas linhas de pensamento, e não conseguimos esquivar-nos de nenhuma, do ponto de