Filosifia e Literatura
Bruno Alves n°06
Luana Ketlen n° 22
3°D
Nas passadas quinta e sexta-feira, dias 27 e 28 de Outubro, realizou-se o Encontro “Filosofia e Literatura” na U.B.I., Covilhã. Adoptando-se como tema uma relação que, longe de se definir, cada vez mais se agudiza, pretendeu-se pensar de novo a diferença e/ou proximidade entre a filosofia e a literatura. Assim, dos conferencistas fizeram parte pessoal de filosofia, cujas áreas de interesse e de investigação se cruzam com a literatura – como António Pita e Joaquim Cerqueira Gonçalves –, pessoal da literatura que, pelo contrário, negaram a aproximação intencional do seu trabalho à filosofia – como os bem conhecidos Mário de Carvalho e Isabel Gomes – e pessoal da área da linguística – Frederico Lourenço e Lúcia Lepeck.
Algumas comunicações centraram-se no tema e forneceram importantes chaves para o pensar, outras, na minha opinião, passaram-lhe ao lado. No entanto, no seu conjunto, ao dividirem-se nas suas posições em relação ao referido problema, permitiram identificar aquelas que parecem ser as duas grandes teses que podem ser defendidas quanto à relação entre filosofia e literatura:
a) a literatura é um domínio no qual se inclui a filosofia;
b) literatura e filosofia, embora possam cruzar-se, são domínios independentes.
Uma terceira hipótese ainda poderia ser colocada, a de que seria a filosofia que incluiria a literatura, mas essa parece não ser tão razoável. Portanto, consideram-se aqui apenas as outras duas mencionadas.
A primeira hipótese, da qual é defensor Joaquim Cerqueira Gonçalves, parece-me partir de um conceito mais lato de literatura, pelo qual é entendida como uma forma organizada e harmoniosa de dispor o discurso escrito. A filosofia, exigindo a organização discursiva e textual, incluir-se-á obviamente no domínio da literatura.
A segunda hipótese, ainda que defendida por alguns dos conferencistas, mais claramente pelos escritores referidos, acabou por não ser