Filme O leo de Lorenzo
O diagnóstico começa na escola com a questão do comportamento. A postura da escola com a mãe na hora que fala do comportamento da criança, a escola queria saber se estava acontecendo alguma coisa em casa. A própria escola já vem com uma ideia de acusação. Ela já se esquiva, entre linhas, quer falar que ali na escola não está acontecendo nada, que o problema é na família, na casa.
Se a criança está apresentando problemas de comportamento, a escola excluí-lo, lavar as mãos do problema, e infelizmente ainda hoje em dia isso acontece muito, escolas que não querem resolver o problema que não dão conta da demanda, faz uma interpretação ao pé da letra e ainda querem excluir o aluno.
A escola não tinha gabarito para diagnosticar, não fez nenhuma intervenção, nem de psicólogo, nem de médico, foi no “achometro”.
A mãe então começou a observar, ela era uma mãe comprometida, seu perfil era observadora, dedicada, superprotetora, ela obsecada pela criança, meu filho, meu foco, meu tudo, uma simbiose com a criança o tempo todo.
Não era o primeiro casamento do pai, era o segundo, e ele já tinha dois filhos do outro casamento, e eram saudáveis, eles não tinham nenhum problema.
O problema surgiu na mãe, a genética da mãe, e ai uma pequena discussão o pai traz isso à tona. A mãe se sentia culpada, e ela tentava amenizar a situação cuidando da criança.
O médico ao falar para os pais da doença, em especial para a mãe, ele jogou, ele foi displicente, ele foi frio ao dar a noticia, bem no modelo biomédico, você tem um problema, seu filho herdou o problema, não tem cura, não tem solução, vai morrer dentro de dois anos, no máximo, na previsão da equipe médica. Entretanto, ele viveu 30 anos, só que não se sabe da subjetividade, se ele queria de fato, ficar em cima de uma cama, sofrendo, a gente não sabe até que ponto a subjetividade do paciente foi respeitada, se ele queria realmente ficar ou não em cima de uma cama. Ele tinha uma comunicação não verbal, ele