Filme a justiça
Análise Crítica do Filme JUSTIÇA
JUSTIÇA. Produção de Maria Augusta Ramos. Brasil: Videolar, 2004.
Através da análise e da compreensão do documentário “Justiça” pôde-se estabelecer duas visões importantes, uma relacionada inicialmente ao processo criminal em si, e a outra, principal foco do mesmo, relacionada com o sistema carcerário brasileiro. Com relação à primeira questão, tira-se um pouco sobre o trabalho dos juízes e também dos defensores públicos através da fase de conhecimento do processo, no qual ocorre o reconhecimento por parte tanto do juiz como do defensor público sobre o relatado no relatório policial do processo e também através da conversa direta com o réu, buscando ter uma noção também de sua versão sobre o fato ocorrido, dando continuidade ao processo a conversa do defensor com seu cliente e em seguida o interrogatório das testemunhas.
O principal foco do documentário, no entanto, refere-se à atual situação do sistema carcerário brasileiro, porque através das imagens apresentadas pôde-se perceber que o mesmo encontra-se em uma situação de precariedade muito grande com relação à questão da estrutura, fazendo com que os presos acabem por ficarem em condições que, fazendo-se um paralelo com a questão dos direitos humanos, são totalmente ultrajantes e contrárias ao princípio da dignidade humana. Para exemplificar isso, cita-se, por exemplo, a questão da superlotação das celas brasileiras, nos quais os presidiários acabam por ficar em pé devido à falta de espaço, em um ambiente quente também por falta de infra-estrutura e por causa dessa superlotação, além de terem que se alimentar nesse mesmo ambiente abarrotado e sem um adequado sistema de saneamento.
Essa realidade faz com que haja um questionamento com relação à função atual das penitenciárias brasileiras, buscando indagar, no caso, se elas realmente estão aptas e preocupadas com as suas funções, principalmente com relação à