Fichamento do livro alegorias do patrimônio- cap iii
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. Tradução de Luciano Vieira Machado. São Paulo: Estação Liberdade/Ed.UNESP, 2001.
Capítulo III: A Revolução Francesa
1.1
- Na Revolução Francesa verificou-se uma relevante transformação em relação à conservação do monumento histórico.
- A conservação que preservava a representação dos objetos (iconográfica abstrata) observada nos antiquários, que tinha Aubin-Louis Millin como o idealizador, cedia lugar a uma conservação real, inédita e multiforme, idealizada nas Assembléias e seus comitês. (CHOAY, 2001, p.97). Dessa Forma, “a descrição literária e a prancha gravada apagavam-se diante da materialidade própria dos objetos ou dos edifícios a serem conservados.” (CHOAY, 2001, p.96).
- Os comitês revolucionários revelam 2 processos distintos para a conservação:
1- “A transferência dos bens do clero, da Coroa e dos emigrados para a nação”
2- “A destruição ideológica de que foi objeto uma parte desses bens, a partir de 1792, sob Terror e o governo do Comitê de Salvação Pública. (CHOAY, 2001, p.97).
- Diante das destruições ocorridas no período, surge uma reação, que assume uma dimensão política. “Ela não visa apenas à conservação das igrejas medievais, mas, em sua riqueza e diversidade, à totalidade do Patrimônio Nacional. (CHOAY, 2001, p.97). Assim, deve-se levar em conta o valor econômico dos bens que pertencem à nação.
1.2 - Tombamento do Patrimônio
- Em 1789, a Assembléia Constituinte transferiu para a nação os bens do clero, da Coroa e dos emigrados. (CHOAY, 2001, p.98).
- Sob pena de prejuízo financeiro os bens franceses devem ser preservados e mantidos. “Não dependem mais de uma conservação iconográfica”. (CHOAY, 2001, p.98)
- Ocorre uma homogeneização do patrimônio francês. As antiguidades eram vistas como riquezas e as obras arquitetônicas adquiriram significados históricos e afetivos. (CHOAY, 2001, p.99)
- Dessa forma, a criação de um método para a elaboração de um