Filme pedagógicos

Fim Sob a direção de João Jardim, “Pro Dia Nascer Feliz” é um filme-documentário que coloca em destaque a precariedade existente no ensino público, as características dos docentes e discentes da rede pública de três estados brasileiros, expondo suas rotinas e a interação da escola quando a ausência de auxílio do Estado e a falta de estrutura influenciam no desenvolvimento sociocultural dos cidadãos. Mostra em alguns pontos a vontade e dedicação de alunos que se destacam e são expostos a uma orientação sem a menor mediação pedagógica de professores desestimulados e por vezes despreparados para encarar a realidade do ensino público brasileiro. Em outra realidade, define o perfil do aluno na escola particular, os aspectos de deficiência ocorridos no processo educacional, a pressão psicológica sofrida pelos alunos por resultados e a cobrança máxima dos objetivos a serem conquistados. O filme traz várias situações que podem ser analisadas individualmente ou de maneira coletiva para nos dar um panorama geral de como o ensino público está defasado. Logo no inicio do filme, são mostradas duas adolescentes: Clécia de 13 anos e Valéria de 16 anos, que moram em Manari–PE. A primeira diz que gosta de estudar, não falta às aulas, porém tem problemas em sua dicção que talvez seja pela questão do regionalismo, mas aparenta mais ser a deficiência na questão do ensino, A segunda aparece recitando o poema Ausência de Vinícius de Moraes. Ela relata que os amigos a acham diferente porque ela gosta de ler. Valéria gosta também de escrever e durante a entrevista leu algumas de suas composições. Ela relata que na escola quando são solicitadas redações, os professores às vezes não aceitam seus textos, pois acham que não foi ela quem os escreveu, que devem ter sido retirados de outros textos, mostrando assim que os docentes estão talvez acostumados com a defasagem cultural de seus alunos e quando aparece algum que se sobressai sobre os demais não são levados a sério e nem