Filhos de pais separados
Resumo
Palavras-chave: 1. INTRODUÇÃO 2. A SEPARAÇÃO
De acordo com Giusti (1984), a separação – com todas as discussões, as tensões e os possíveis traumas que comporta – é, sem dúvidas, a situação menos desejável para os casais com filhos.
Por mais pacífica e civilizada que seja, os filhos, inevitavelmente, serão profundamente atingidos. A separação é um fato que modificará toda a vida das crianças, desde de sua rotina até o modo de encarar algumas verdades ditas absolutas.
Maldonado (1986) fala sobre a relevância da separação para os filhos. Há a perda de convívio com pai e mãe na mesma casa, a possibilidade de perda de convívio diário com irmãos, caso existirem, a modificação de hábitos e rotinas e a modificação no padrão de vida.
“Mais de 60% dos separados são casais com filhos. É inevitável que eles vivam a separação com muito mais dificuldades do que aqueles que não têm filhos. Basta considerar o fato de que terão sempre compromissos e preocupações comuns que os obrigarão a manter contato, ou que, depois da sua opção, outras pessoas serão envolvidas na mudança e que as interações familiares se tornarão mais complexas” (Giusti, 1984, p. 138).
Como afirma Maldonado, as crianças são muito mais perspicazes do que a maioria dos adultos costuma supor. Ainda que o casal não brigue na frente dos filhos, uma criança pode perceber facilmente a atmosfera pesada, a tensão e o mal-estar de um casamento acabando ou em épocas de crise.
“A percepção das dificuldades costuma aparecer claramente em brincadeiras e desenhos: uma criança de cinco anos, na época crítica que culmina na separação dos pais, passou a desenhar sistematicamente um boneco-pai separado da boneca-mãe por uma flor gigantesca, depois, começou a desenhar casas partidas en duas metades e um mar revolto afundando o barco” (Maldonato, 1986, p. 133).
No caso de os pais, em meio à confusão causada pelo processo de separação, não prestarem a atenção e o apoio