Fila de mercado
À sua frente, uma moça passando as compras e um casal a fofocar - ou só uma mulher a falar. Você vê um sujeito procurando caixa. Comemora ter passado dessa fase. A moça da frente faz o ritual de pagamento, se enrola na bagunça feminina e... menos um. Hora do casal.
"Bem, vai passando as coisas porque esqueci de pegar a goiaba". Cara, quem compra goiaba? Dos que compram goiaba, quantos esquecem? Enfim, só deixou o maridão de besta mesmo. Valeu o riso. O marido é homem - vale frisar nos dias de hoje. Melhor dizendo, ele é prático. Passou tudo rapidinho, fez o ritual de pagamento, e, ao terminar, a mulher chega com a infeliz notícia de que não encontrara a tal goiaba. Risos.
Minha vez. Acho que escolhi o melhor caixa, mas não a melhor caixa. A atendente travou e chamou a Valéria. Valéria resolvia as buchas dos caixas, a famosa resolvedora de bucha. Estou no caixa 21. A tal Valéria no 6. Já vi tudo. Depois de alguns minutos, uma revista e um tic-tac (fui pego nessa tática mais velha que a própria Gestão de Canais) a dona moça, gira uma chave, aperta um botão e está tudo resolvido. Serio isso?! Ok. Vamos ao ritual de pagamento.
"Crédito e nota fiscal paulista". Será que não fui claro?
"CPF na nota?" Oi?! Ta, vai. Ela não ouviu. "Pode inserir o cartão, senhor". Já o fiz, moça. Fico olhando atento, aparece a palavra "senha" e já me adianto. "Pode inserir a senha, senhor". Porra, eu sei. Logo a máquina manda retirar o cartão. Ok. "Pode retirar o seu cartão, senhor". Moça... Ta. Termina o ritual com as duas notinhas, uma cara de bunda e uma paciência que fora