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Fichamento do livro “Que é historia” - Edward Carr

1. O historiador e seus Fatos

Edward Carr começa citando dois professores, o primeiro é Acton e o segundo Sir George Clark. Ambos falam sobre suas opiniões diferentes a respeito da história. O primeiro fala: “Não podemos ter nesta geração a história definitiva, mas podemos dispor da história convencional e mostrar o ponto a que chegamos entre uma e outra...’’. O segundo afirma que um dia seria possível produzirmos “a história definitiva’’.
Carr diz que a contradição entre Acton e Sir George Clark é o reflexo de visões globais da sociedade no intervalo dos dois pronunciamentos, já que eles são de épocas diferentes. Por isso Carr afirma que a resposta sobre “Que é história?” vai depender da época em que estivermos vivendo, e inconscientemente ou conscientemente reflete a uma outra resposta pertencente a uma outra pergunta bem mais ampla que é: “que visão nós temos sobre a sociedade em que vivemos?”
O autor fala que depois de 1830, quando Ranke fez um protesto contra a história moralizante acentuando que a tarefa do historiador era apenas mostrar como os fatos realmente ocorreram, três gerações de historiadores alemães, italianos e ingleses seguiram essa teoria, pois isso os poupariam de pensar por si próprios. Este tipo de pensamento foi ajudado pelos positivistas que queriam sustentar suas afirmações históricas como uma ciência. Os positivistas afirmavam que era necessário analisar os fatos para depois tirarem suas conclusões.
Edward Carr, neste capítulo, também questiona qual o critério para distinguir fatos históricos e fatos básicos do passado. Carr diz que de acordo com o senso comum, alguns fatos básicos são aqueles que são os mesmos para todo mundo, como data de acontecimentos de guerras e cita Housman que fala que “exatidão é um dever, não uma virtude”. Fala também que essa exatidão é uma condição necessária, porém não essencial. O autor fala que o historiador é quem