Fichamentos
REVISTA ACTA GEOGRÁFICA, ANO III, N°5, JAN./JUN. DE 2009. P.07-21.
NOTAS SOBRE A FORMAÇÃO DE UMA
REDE URBANA DE UM “TEMPO LENTO” NO PERÍODO DA
MINERAÇÃO NO BRASIL COLÔNIA
Everaldo Batista da Costa1
Universidade Federal de Ouro Preto
Francisco Capuano Scarlato2
Universidade de São Paulo
Resumo
Este artigo analisa a formação de uma ampla rede urbana de um tempo lento que (re)configura o território brasileiro, no século XVIII, com as atividades que subsidiam a economia da mineração do ouro e dos diamantes, a partir de uma abordagem geohistórica. Ao se formar uma rede intra e inter-regional de circulação de pessoas, novas mercadorias e idéias, produzem-se espaços econômicos particulares e lugares simbólicos referenciais no território da antiga zona da mineração. Logo, fica claro que esta empresa favoreceu a articulação de distintas áreas do território brasileiro e o estabelecimento de atividades paralelas, como a pecuária e a agricultura de subsistência, que se desenvolveram no século XVIII e ganharam vulto no século XIX, em alguns pontos da zona do ouro e dos diamantes. Refuta-se a tradicional análise historiográfica da crise que devasta o território mineiro com o declínio da extração do ouro, como já aponta a historiografia contemporânea, que indica as áreas econômicas mais dinâmicas no território mineiro, mesmo com o declínio da principal atividade, como parte da Comarca do Serro do Frio e a
Comarca do Rio das Mortes, com São João Del Rei.
Palavras-chave: Mineração; Formação Territorial; Rede Urbana de um Tempo Lento.
Abstract
Este artigo analisa a formação de uma ampla rede urbana de um tempo lento que (re)configura o território brasileiro, no século XVIII, com as atividades que subsidiam a economia da mineração do ouro e dos diamantes, a partir de uma abordagem geohistórica. Ao se formar uma rede intra e inter-regional de circulação de pessoas, novas mercadorias e idéias, produzem-se espaços