Fichamento
A problemática do conhecimento
“[...] A preocupação com o conhecimento não é nova. Praticamente todos os povos da Antiguidade desenvolveram formas diversas de saber. Entre os egípcios a trigonometria, entre os romanos a hidráulica, entre os gregos a geometria, a mecânica, a lógica, a astronomia e a acústica, entre os indianos e muçulmanos a matemática e a astronomia, e entre todos se consolidou um conhecimento ligado à fabricação de artefatos de guerra. [...]” (p.15)
“[...] Somente um povo da Antiguidade teve a preocupação mais sistemática e filosófica com as condições de formação do conhecimento: foram os gregos. [...], os gregos desenvolveram um tipo de reflexão – a intuição – que se destacou pela possibilidade de gerar teorias unitárias sobre a natureza e desvincular o saber racional do sabe mítico. [...]” (p.15)
“[...] A episteme, característica do pensamento grego, era do tipo theoretike, isto é, um tipo de saber adquirido pelos ‘olhos do espírito’ [...] essa diferença entre conhecimento prático – que estava ligado ao trabalho, à execução de atividades de produção de bens e coisas necessárias à vida – e conhecimento teórico – ligado ao prazer de saber [...] essa diferença que surgiu entre os gregos foi resultado, segundo Farrington (1949), de uma separação de atividades de classe, da separação entre ‘cabeça e mão’. [...] como essa classe tinha mais prestígio e status, sua atividade foi considerada superior, pura e livre, em oposição ao trabalho prático, considerado inferior, desinteressante e preso ao interesse de outrem, já que era executado por escravos para os senhores. [...]”(p. 16)
“[...] Platão foi o primeiro filósofo a desenvolver uma teoria sobre o mundo, [...] para Platão, o mundo sensível esta em constante mudança e, nesse