Fichamento "A Utopia" - Thomas More
Instituto de Ciência Política
TEORIA POLÍTICA MODERNA – TURMA A
1º Semestre de 2013 – terças e quintas, das 8h às 9h50
Professora: Paola Novaes Ramos
Um aglomerado de 54 cidades, todas semelhantes entre si (p. 31), cujos habitantes compartilham os mesmos costumes, leis, línguas e instituições. Onde a população se veste, sem vaidades, de forma homogênea e há diversidade religiosa (p. 63). As leis são poucas, mas bem conhecidas pela maioria e servem mais para confirmar direitos e deveres. Sem dinheiro nem casas com fechaduras, não há a noção de propriedade privada para os utopienses (p. 32). Aboliram o dinheiro e abominam a guerra, apesar de estarem sempre preparados para uma, se inevitável (p. 57). Em Utopia todos os bens são comuns, as pedras preciosas possuem status de brinquedos infantis e o ouro tem significado pejorativo. As riquezas produzidas são divididas igualmente e a não existência do ócio previne a escassez de alimentos. O que faz com que os utopienses não sejam ambiciosos é a garantia de que nada - emprego, educação, comida, moradia, segurança - lhes faltará no futuro, por isso se fazem livres da ganância e do egoísmo. O autor também faz referência ao bem estar da sociedade, cuja virtude dessa vida em comunidade de perfeita harmonia segue um fluxo de dentro para fora, do individual para o coletivo (p. 71). A busca pela felicidade acaba sendo o principal objetivo e, por isso, os interesses coletivos se sobrepõem aos privados. Thomas Morus ressalta, por contraste, a injustiça social e elucida um futuro esperançoso e justo para o homem. Por fim, Morus descreve o sistema da ilha de Utopia como “a melhor das Repúblicas e a única que se pode pretender” (p. 70).
Referência Bibliográfica: MORUS, Thomas. A utopia. 2.ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1982. 87 p. (Coleção Pensamento Político, 23).