Fichamento A teoria do Romance
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.
Prefácio de 1962- Uma nota de esclarecimento do próprio teórico enquanto sua obra escrita em 1914. Luckács escreveu os ensaios que fazem parte da teoria do romance na época de sua imaturidade intelectual. O jovem teórico ansiava por uma utopia que pudesse esclarece de forma objetiva o mundo e a psicologia impregnada na criação literária.
“[A teoria do romance] surgiu pois, sob um estado de ânimo de permanente desespero com a situação mundial .”(p. 8)
Essa situação mundial na qual fala acima foi a eclosão da primeira guerra mundial em 1914.
Para elaboração desses dois ensaios que fazem parte do livro em destaque:
“Encontrava-me, a essa altura, no processo de transição de Kant pata Hegel , sem contudo alterar em nada minha relação com os métodos das chamadas ciências de espírito; [...] A teoria do romance é, de fato, um produto típico das tendências das ciências de espírito. (p.9)
As ciências do espírito tem como maior representante Dilthey, filosofo, psicólogo, historiador e sociólogo. As ciências do espírito entravam em contraponto com as ciências da razão.
“Assim, a teoria do romance é um produto típico da ciência do espírito, sem apontar para além de suas limitações metodológicas”[...] A teoria do romance é a primeira obra das ciências do espírito em que os resultados da filosofia hegeliana foram aplicados concretamente a problemas estéticos (p.11)
“O autor de a Teoria do romance não vai tão longe. Ele buscava uma dialética universal dos gêneros fundada historicamente, baseada na essência das categorias estéticas, na essência das formas literárias ― dialética esta que aspira a uma vinculação entre categoria e história ainda mais estreita do que aquela por encontrada no próprio Hegel; buscava apreender intelectualmente uma permanência na mudança, uma