Fichamento - A Sociedade dos Indivíduos de Nobert Elias
Karyne André da SilvaTurma c – manhã
Prof° Raimundo França
FICHAMENTO- A sociedade dos Indivíduos
ELIAS, Nobert. A sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 1994.
Parte I
“A sociedade, como sabemos, somos todos n[os; é uma porção de pessoas juntas. Mas uma porção de pessoas juntas na Índia e na China formam um tipo de sociedade diferente da encontrada na América ou na Grã- Bretanha; a sociedade composta por muitas pessoas individuais na Europa do século XII era diferente da encontrada nos séculos XVI ou XX. E, embora todas essas sociedades certamente tenham consistido e consistam em nada além de muitos indivíduos, é claro que a mudança de uma forma de vida em comum para outra não foi planejada por nenhum desses indivíduos. [...] Que tipo de formação é esse, esta “sociedade” que compomos em conjunto, que não foi pretendida ou planejada por nenhum de nós, nem tampouco por todos nós juntos? Ela só existe porque existe um grande número de pessoas, só continua a funcionar porque muitas pessoas, isoladamente, querem e fazem certas coisas, e no entanto sua estrutura e suas grandes transformações históricas independem, claramente, das intenções de qualquer pessoa em particular.
Examinando as respostas que hoje se oferecem a essas questões e as outras similares, defrontamo-nos, em termos gerais, com dois campos opostos. Parte das pessoas aborda as formações sócio-históricas como se tivessem sido concebidas, planejadas e criadas, tal como agora se apresentam ao observador retrospectivo, por diversos indivíduos ou organismos”. (p.13)
“Quando têm a sua frente instituições sociais específicas, como os parlamentos, a polícia, os bancos, os impostos ou seja lá o que for, eles procuram, pra explicá-las, as pessoas que originalmente criaram tais instituições.[...] Ao depararem com formações em que esse tipo de explicação é difícil – a linguagem ou o Estado, por exemplo -, ao menos procedem como se essas formações sociais