A Sociedade dos Indivíduos
ELIAS, Nobert. Tradução RIBEIRO, Vera. A Sociedade dos Indivíduos. Impressão Tavares e Tristão Ltda – 1994 – p. 26-46.
Os seres humanos ao buscarem o inicio da sua existência, acaba deixando de lado a sua verdadeira origem ao acreditarem em diversos mitos, induzindo a acreditar que existia um único ser adulto (adão), e esquecem que quando vieram ao mundo elas eram crianças.
Indiferente da origem da humanidade, o que vemos é um ciclo de pais e filhos, onde posteriormente darão continuidade, ou seja, os filhos serão pais. Ainda não compreendemos por que tentamos nos unir, ligar a outra pessoa.
O indivíduo ao nascer é incluído num grupo de pessoas que já existiam antes do seu nascimento, e de forma natural ela necessita de outras pessoas para poder crescer.
Não precisamos de mitos da nossa origem humana para compreender a primeva do individuo, isso é possível analisando os fatos do dia a dia.
O individuo ao nascer precisa das relações com outros seres humanos para formar uma mente mais complexa, ao ser criado isolado ele não terá um comportamento social. A criança precisa crescer num grupo de pessoas, para desenvolver sua articulação e afins e dependerá do grupo escolhido o seu processo formador.
A criança é maleável, a forma como ela se desenvolve depende da sua constituição e das relações entre ela e as outras pessoas. Cada uma terá sua formação de acordo com a estrutura da sociedade que já existia antes dela e que agora ela faz parte.
Cada indivíduo possui sua história, mesmo que pertença a um grupo de pessoas, e o rumo escolhido acaba tendo mais funções nas sociedades complexas do que nas sociedades mais simples. A individualização das pessoas só é possível para aquelas que crescem num grupo, numa sociedade.
Conforme o autor, a individualidade que o ser humano acaba por desenvolver não depende apenas de sua constituição natural, mas de todo o processo de individualização.
A estrutura da sociedade do século XII