A Retórica da Perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil
O livro traz uma leitura crítica às estruturas narrativas que concebem os patrimônios nacionais, em especial o caso Brasileiro. Utilizando-se da ideologia da perda, os historiadores “criam” o patrimônios nacionais, num processo que também pode ser entendido como contraditório, porque a perda também ocorre através de seus discursos (através da homogeneização das culturas e do passado). Terminologias como alegoria, objetificação, apropriação e autenticidade, extraídas de discursos extra-nacionais são aplicadas no contexto brasileiro, em especial na atuação de dois historiadores do SPHAN, Rodrigo Melo Franco de Andrade e
Aloísio Magalhães, a fim de entender o processo de “brasilidade”.
Obs: grifos (verde): grifo sobre minhas observações
Grifos (cinza): grifo sobre observações relevantes do autor
1. Patrimônio Cultural e Narrativas Nacionais
1.1. Narrativas Nacionais
1.2. Objetivação Cultural
“A partir de Whorf, Handler entende a “objetivação” como “...uma tendência da lógica cultural ocidental a imaginar fenômenos não-materiais (como o tempo) como se fossem corporalizados, objetos físicos existentes” (1984:55). A “objetivação” é determinada por uma
“lógica” embutida nas línguas e culturas ocidentais. Por esse viés, ela tenderia a ser vista como um processo que ocorreria independentemente de ações humanas contingentes e dotadas de propósito.” (p. 13)
“Em verdade, estou tomando como ponto de partida o pressuposto antropológico segundo o qual os indivíduos, assim como seus propósitos, ações e contextos, são culturalmente moldados.” (p. 14)
1.3. História, cultura e nação como narrativas
História como enredo:
“O enredo torna possível a apresentação dos eventos históricos como um todo coerente interconectado, sendo que habilita o historiador a apresentar o que White