Fichamento a luta pelo direito

Capítulo I

O fim do direito é a paz, o meio de que serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o mundo for mundo -, ele não poderá prescindir a luta. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.(pág 27) Todos os direitos da humanidade foram conquistados com a luta [...] O direito não é uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito. [...] O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a população. [...](pag 27) É verdade que nem todos se enfrentam o mesmo desafio. [...] A ilusão de ambos provém do fato de que tanto a propriedade como o direito encerram duas facetas que se podem desdobrar do plano subjetivo, de tal forma que, para alguns, destina-se o gozo e a paz e, para outros, o trabalho e a luta. [...] Basta um longo período de paz para que floresça a crença na paz perpétua. [...] Ocorre porém, que ao gozo e à paz desfrutados por um indivíduo correspondem ao trabalho e a luta de outro. [...] [...] Observa-se facilmente que nossa teoria se ocupa mais com a balança do que com a espada da justiça. [...] É sabido que a palavra direito é usada em duas acepções distintas, a objetiva e a subjetiva. O direito, no sentido objetivo, compreende os princípios jurídicos manipulados pelo Estado, ou seja, o ordenamento legal da vida. O direito, no sentido subjetivo, representa a atuação concreta da norma abstrata, de que resulta uma faculdade específica de determinada pessoa. [...](pag 27 - 28) [...] a manutenção da ordem jurídica pelo Estado nada mais é que uma luta contínua contra as transgressões da lei, que representam violações dessa lei. [...] Existe uma opinião que se opõe ao meu