fichamento A guerra das imagens
Trabalho apresentado ao Centro Universitário FACVEST, como parte dos requisitos para a avaliação da disciplina de História Antiga III.
Prof.
2013
Fichamento livro A guerra das imagens, de Cristóvão Colombo a Blade Runner. ( 1492-2019). Do autor Serge Gruzinski.
As duas primeiras expedições "mexicanas" tampouco desandaram em "idoloclastia", isto é, no aniquilamento sistemático dos ídolos indígenas. Durante a primeira, em 1517, o padre González limita-se a levar baús de madeira, ouro e ídolos roubados dos índios." Ao longo de toda a segunda expedição, em 1518, o capelão Juan Díaz se mantém prudentemente no papel de observador, ao passo que Grijalva, o chefe da expedição, e seus companheiros só têm olhos para o metal precioso.' Fases de reconhecimento, inventário e pilhagem: os espanhóis ainda tateiam, sem ter como fazer uma real avaliação de seu novo adversário nem como explorar o filão da idolatria.
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A extirpação dos ídolos mexicanos foi progressiva, longa e, quase sempre, brutal. Um roteiro em dois tempos, que articula aniquilamento e substituição: primeiro os [idolos são quebrados (pelos índios e/ou pelos espanhóis) e depois os conquistadores os substituem por imagens cristãs.
Pagina 55.
Na verdade, parece que a ligação entre "cristãos velhos" e imagens saiu fortalecida da Reconquista e contribuiu para moldar a identidade dos cristãos da Espanha e suas práticas religiosas numa época em que a Igreja estimulava o culto às imagens, contanto que não resvalasse para a idolatria.
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A invasão dos espanhóis dosdeuses" para os índios provoca assim a irrupção da imagem ocidental. A iconoclastia ou, caso se prefira, a idoloclastia - confere à invasão toques do Antigo Testamento. O gesto