FICHAMENTO: A ERA DAS REVOLUÇÕES – CAPÍTULO 11
CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
LUÍSA AMORIM
FICHAMENTO: A ERA DAS REVOLUÇÕES – CAPÍTULO 11
Florianópolis, 06 de dezembro de 2013
HOBSBAWM, E. J. Os trabalhadores pobres. A era das revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997, p. 221-237.
“Os patrões controlam o estado da economia com suas próprias mãos, e apenas lançam essa ideia no ar como uma fonte de medo irracional, para assustar as crianças desobedientes e obrigá-las a serem boas. Eu lhe digo que é o papel deles – a sua função, como muita gente chama – nos diminuir para aumentar as suas fortunas. E o nosso papel é nos mantermos de pé e lutar com bravura, não apenas por nós mesmos, mas por aqueles que nos rodeiam, pela justiça e honestidade. Nós ajudamos a fazer os seus lucros, e devemos ajudar a gastá-los. Não, dessa vez não queremos apenas o seu dinheiro, como já fizemos muitas vezes antes. Temos um dinheiro economizado e estamos decididos a resistir e morrer juntos. Nenhum homem entre nós vai aceitar trabalhar por menos do que o sindicato diz que é nosso direito. Então eu digo “Viva a greve!”e deixem que Thornton, e Slickson, e Hamper, e todo o seu resolvam tudo isso!” Elizabeth Gaskell, “Norte e Sul”, p. 128
CAPÍTULO 11 – OS TRABALHADORES POBRES
I
“Eram três as possibilidades abertas aos pobres que se encontravam a margem da sociedade burguesa [...] Eles poderiam lutar para se tornarem burgueses, poderiam permitir que fossem oprimidos ou então poderiam se rebelar.” (p. 221).
“A primeira possibilidade, como já vimos, não só era tecnicamente difícil para quem carecia de um mínimo de bens ou de instrução, como era também profundamente desagradável. A introdução de um sistema individualista puramente utilitário de comportamento social, a selvagem anarquia da sociedade burguesa, teoricamente justificada por seu lema “cada um por si e