Fichamento a consciência mítica
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ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena P. Martins. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2003 | (Pag.71) A perspectiva dos “civilizados” O mito passou a ser criticado desde a Grécia antiga do século VI a.C.. E o desenvolvimento do pensamento científico a partir do século XVII, com a Idade Moderna, passou a condenar à morte o modo mítico. Augusto Comte, filósofo francês do século XIX e fundador do positivismo também defende essa posição de condenar à morte o modo mítico. O cientificismo é a redenção do desenvolvimento humano, defendida por Comte, que considera a única forma para se chegar a verdade. Ao opor o poder da razão à visão ingênua oferecida pelo mito, o positivismo empobrece a realidade humana, que o homem além da razão, passa a ser afetividade e emoção | (Pag.71) O mito entre os “primitivos”Na concepção mítica das sociedades primitivas e tradicionais existe uma relação vantajosa entre o homem e a natureza, que se beneficiam mutuamente, tanto no campo da produção, do fazer, das técnicas, quanto no campo simbólico. No que se refere às sociedades indígenas brasileiras, há uma particularidade mais visível, por exemplo: onde o tempo para pescar, caçar e plantar é marcado por mitos ancestrais, pelo aparecimento das constelações, por proibições e interdições. Que essas técnicas também aparecem em culturas como a caiçara do litoral Sul e entre os ribeirinhos amazonenses, de forma menos contundentes, mas nem por isso menos importante. O mito é, portanto, um dos modos de atribuir significado ao mundo, tendo maior destaque nas sociedades tribais, e que, mesmo nas sociedades de hoje, mesmo complexas, ainda garante o seu lugar. Sendo fruto do desejo de segurança, ele nos tranquiliza por fornecer modelos exemplares para nossos atos. Podemos, entretanto, aceitar ou rejeitar os mitos que nos são oferecidos hoje a partir de uma reflexão a respeito dos valores sobre os quais estão fundados. |
(Pag.72) Funções do mito Além de