Fichamento - a cidade antiga: livro quinto
COULANGES, Fustel de – A Cidade Antiga. Tradução de Edson Bini. São Paulo – Bauru – Edipro. 2ª edição, 1999.
Capítulo I – Novas Crenças – A Filosofia Altera as Regras da Política “[...] Cada cidade possuía não apenas sua independência política, como também seu culto e seu código. A religião, o direito, o governo, tudo era municipal. A cidade era a única força viva – nada acima dela, nada abaixo dela; nem unidade nacional nem liberdade individual.” (P. 287) “A ideia da divindade transformava-se gradativamente, mediante o efeito natural do poder maior do espírito. Esta ideia que o homem tinha a princípio aplicada à força invisível q ele sentia em si mesmo, ele a transferiu para potências incomparavelmente maiores que ele via na natureza, até elevar-se à concepção de um ser q estivesse fora e acima da natureza. E então os deuses Lares e os Heróis não foram mais venerados por quem quer que pensasse.” (P. 288) “Os sofistas abalavam, como diz Platão, o que até então estivera firme. Colocavam a regra do sentimento religioso e a da política na consciência humana, e não nos costumes dos ancestrais, na tradição imutável. Ensinavam aos gregos que para governar um Estado não era suficiente invocar antigos usos e as leis sagradas, sendo, sim, necessário persuadir os homens e agir sobre vontades livres.” (P. 289) “Assim, as crenças se transformaram de maneira gradativa. A religião municipal, base da cidade, extinguiu-se. O regime municipal, tal como os antigos o haviam concebido, pereceu junto com a religião municipal. Libertamo-nos quase que imperceptivelmente dessas regras rigorosas e dessas formas acanhadas de governo. A humanidade tendeu para a unidade; esta foi a aspiração geral dos dois séculos que precederam a era cristã.” (P. 292)
Capítulo II – A Conquista Romana “Como todas as urbes, Roma possuía sua religião municipal, fonte de seu patriotismo; mas foi a única urbe que