Fichamento texto
Acadêmica: Catyane Roberta Hauth
Prof: Marcos Fábio da Silva
“Assim, assumimos que algumas vozes provêm do discurso cientifico do qual o professor constitui um mediador; afinal, é ele, na sala de aula, o representante do saber do qual emana o seu poder (institucionalmente reconhecido).” (p. 319)
“(...) o professor representa o saber que se constrói a partir do livro didático, fonte primeira e, muitas vezes, única do conhecimento que se pretende transmitir aos alunos.” (p. 320)
“Sabe-se que o discurso dominante da ciência na modernidade coloca a ciência e o discurso científico fora (ou acima) de qualquer contexto social, argumentando que a garantia do conhecimento está exatamente aí, no fato de o conhecimento estar fora ou à parte do objeto a ser conhecido e, principalmente, fora do sujeito cognoscente, fora de toda atividade que leva ao conhecimento (...)” (p. 320)
“ Tal construção discursiva da ciência enquanto projeto transcendental se alicerça, portanto, na racionalidade universal, na crença de que existe uma razão que é a própria razão de ser da humanidade. Não restam dúvidas de que ela pressupõe a adoção da concepção de sujeito centrado, cartesiano que, pelo uso efetivo da razão, permite que o objeto fale, que o objeto se apresente, se declare, enfim, se dê a conhecer, sem a interferência de paixões, de interesses de desejos que, sabemos hoje a partir de Freud, constituem o cerne mesmo da subjetividade.” (p. 321)
“(...) a manutenção dessa visão de cientificidade que atravessa o imaginário de professor e alunos de aula de língua (materna e estrangeira), de modo a determinar-lhes uma (suposta) postura de insenção diante do saber, como se o professor não passasse de um porta-voz de um saber objetivo, universal e, por isso, não fosse contaminado por ideologias, ou, melhor ainda, por relações de