Fichamento revolução de 1930 e classes medias
O autor e o texto:
Boris Fausto é professor aposentado do Departamento de Ciência Política da USP, escreveu as obras Negócios e Ócios, Conflito Social, Trabalho Urbano, Crime, Cotidiano e História do Brasil, e a Revolução de 30. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo em 1953 e mestrado em 1967, pelo Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Escreveu artigos para diversos periódicos nacionais, como a Folha de São Paulo. Sua principal obra é A Revolução de 30: historiografia e história publicada pela primeira vez em 1970. Sendo que, nesta última, o autor opõe-se a historiografia anterior a 1970, que tem como pioneiro Virginio Santa Rosa, seguido de Hélio Jaguaribe e Guerreiro Ramos que afirmam que a revolução de 30 foi de iniciativa das classes médias que por sua vez chegaram ao poder. Estes autores juntamente com Octavio Ianni e Francisco Wefort identificam as classes médias com os tenentistas. Nesta obra, Fausto constrói uma argumentação contrária às idéias destes autores ao observar as ideologias, ações, condições sociais das classes médias e do tenentismo durante a década de 20 e o pós 30, a distância que há entre ambos.
Idéias centrais:
A Revolução de 30 não se caracterizou pela alteração das relações de produção na esfera econômica, nem mesmo pela substituição imediata de uma classe ou fração de classe na instância política, por que, para Fausto, estas não se alteraram. O colapso da hegemonia da elite cafeeira não conduz ao poder político de outra classe ou fração de classe com exclusividade.
Argumentos centrais do texto/ citações correspondentes:
• “O tenentismo... como um movimento política e ideologicamente difuso, de características predominantemente militar, onde as tendências