Fichamento reinaldo pontes
Primeira Parte: Representação Social da loucura
No século XVIII temos movimentos sociais em torno de uma série de questões, que teriam que tirar todas as pessoas que perturbassem a ordem. Criaram-se os manicômios para levarem essas pessoas. O delírio sempre foi associado a loucura, o que não é bem assim. Com o tempo, a medicina começou a ver diferença entre os marginalizados e os que realmente precisavam de tratamento, os loucos. Passaram a aceitar que a loucura poderia ser tratada, criando-se instituições de internação como hospitais e etc., para facilitar este tratamento.
Os manicômios e essas instituições produziam a cronificação da loucura, ou seja, as pessoas saiam de lá muito piores do que quando entraram. Quando a loucura passa a ser tratada, o louco era considerado uma pessoa que não tinha a razão, criando-se a concepção de que o louco era perigoso, onde ele era excluído para tratar dessa periculosidade, e eles passavam por uma exclusão do seu espaço social. A Reforma Psiquiátrica acontece de forma a acabar com os manicômios.
A Reforma Psiquiátrica é um movimento que começa a partir de vários pensadores, trabalhadores de saúde mental, pois quando esses hospitais, manicômios, passaram a ser “depósito humano”, onde aconteciam muitas mortes, houve esse movimento de reforma com a Lei 10.216, que começou com o fechamento dos manicômios e a criação dos serviços alternativos para inserir o “louco” de volta a sociedade.
Uma verdadeira luta ao longo dos anos, começou a ver grandes problemas, pois muitas pessoas tinham mais de 10 anos de internação, não possuíam mais família, e se construíram residências terapêuticas com equipes multidisciplinares onde as pessoas reaprendiam a viver em sociedade.
Um detalhe para as mudanças: Antes só existiam os médicos (psiquiatras) e os enfermeiros nos manicômios, após a Reforma, com a criação dos CAPS, passam a ter Assistentes Sociais e Psicólogos nas equipes que trabalhavam nessas residências