Ensaio de autores classicos do direito e filosofia
Antes de comentar os autores que escolhemos para fundamentar nosso trabalho. Gostaríamos de nos situar intelectualmente. Somos, filosoficamente falando, pessimistas e a nossa linha de pensamento político é conservadora. Para estremar bem as premissas de que partimos, citamos um de nossos autores favoritos, o filósofo Luiz Felipe Pondé: “Sem hipocrisia não há civilização, e isso é a prova de que somos desgraçados: precisamos da falta de caráter como cimento da vida coletiva.” (PONDÉ, Luiz Felipe. Contra um mundo melhor: ensaios do afeto. 1ª ed. São Paulo: Leya, 2010. 216 p. p. 86.). Igualmente queremos informar que para nós o Direito e a Ciência Política fazem parte de um grande “cluster”, que tentam ordenar a vida dos seres humanos segundo determinadas respostas face a evolução humana, aos comportamentos, às convenções sociais, enfim a tudo que torna o homem a espécie que é: Tão variada em seus comportamentos e formas de organização, quanto o é com relação aos fenótipos. Ao longo do curso de Direito aprendemos que não há ciências desconectadas entre sí. Sofre porém o Direito crise de identidade crônica: sempre considerado ciência subsidiária, ou no máximo uma técnica de interpretação e confecção das leis. Dele já escarneceram de várias formas: Acusam-no de existir apenas para manter o status quo da elite, de ser instrumento da burocracia estatal, de ser ciência que fala muito e diz pouco e por aí adiante. Se falarmos dos juristas e dos operadores de Direito, aí a coisa piora sensivelmente haja vista as anedotas a respeito de advogados, promotores, juízes, serventuários da justiça e tudo mais, sempre vilipendiando-os.
Contudo, "Ubi homo, ibi societas; ubi societas, ibi jus" (Ulpiano no "Corpus Iuris Civilis") e não adianta negar. O Direito está vivo, são e sem aleijão porque é antigo como a própria noção de humanidade. Se o macaco que primeiro bateu em outro com um pau inventou a política, aquele que primeiro reagiu por achar injusta a