pensador
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o último filósofo clássico famoso, autor de um esquema dialético no qual o que existe de lógico, natural, humano, e divino, oscila perpetuamente de uma tese para uma antítese, e de volta para uma síntese mais rica.
Hegel nasceu em Stuttgart, a 27 de agosto de 1770, e faleceu a 14 de novembro de 1831, em Berlim. Estudou gramática até aos 18 anos. Enquanto estudante, fez uma vasta coleção de extratos de autores clássicos, artigos de jornal, trechos de manuais e tratados usados na época. Esse colossal fichário, ordenado alfabeticamente, lhe foi útil toda a vida.
Entrou para o seminário de Tübingen em 1788 e de lá saiu em 1793. Entre seus colegas estava Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling, mais novo que ele cinco anos e o poeta Johann Christian Friedrich Hölderlin.
Deixando o seminário, Hegel não trabalhou como pastor, mas como tutor particular em Berna, por três anos. Nesse período escreveu alguns trabalhos que só seriam publicados depois de sua morte reunidos sob o título Hegel theologische jugendschriften (1907).
Em um desses trabalhos investiga porque a ortodoxia impunha um sistema de normas arbitrário, sob a alegação de que eram normas reveladas, quando Cristo, ao contrário, havia ensinado uma moralidade racional, uma religião que, diferente do Judaísmo, estava adaptada à razão dos homens. Escreveu sobre o assunto dois ensaios: uma vida de Jesus e outro sobre como o cristianismo havia se tornado uma religião autoritária, se o ensinamento de Cristo não era autoritário mas racionalista.
Em 1796 mudou-se para Frankfurt onde estava o amigo Hölderlin que ali arranjou-lhe uma tutoria. O amigo entrou em umas complicações amorosas e ficou louco, o que deixou Hegel profundamente deprimido. Para curar-se, entregou-se com afinco ao trabalho de engrossar seu fichário fazendo resumos não apenas das obras filosóficas, de história e política, mas inclusive de artigos dos jornais ingleses.
Como pastor,