Fichamento Pesquisa em Comunicação
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Maria Immacolata Vassalo Lopes (1997), no capítulo “Mercado Cultural no Brasil e Pesquisa em Comunicação”, de sua obra “Pesquisa em Comunicação”, afirma que a pesquisa/estudo da comunicação de massa no Brasil é resultado do fenômeno da comunicação massiva. “A instalação das bases industriais do mercado cultural nos anos 60 e sua consolidação nos anos 70 outorgaram aos fenômenos da comunicação mássica a importância que tem se expressado tanto pela atenção crescente da parte de disciplinas afins ou próximas, quanto pela demanda de um mercado ávido por profissionais competentes” (p. 15).
Um dos principais fatores que permitiu a comunicação de massa foi o acesso ao consumo cultural que, antes, era restrito às parcelas da população de classe média, e agora abrange a população de baixa renda. “A cultura de massas, por ser a forma histórica em que a cultura se organiza no capitalismo de hoje, concomitantemente às fortes tendências de homogeneização que põe em marcha, repõe as distinções sociais em outro patamar, reproduzindo e produzindo novos hábitos de classe” (p. 16).
Dessa forma, Lopes conclui que é importante verificar as formas pelas quais os elementos das culturas populares foram se apropriando e se inserindo na constituição de uma cultura de massas – no jornal, televisão, revista, rádio etc. Nesse modelo não dominante é que se dirige a atenção: essa especificidade vai tornar viável a autonomização da Comunicação Social dentro do campo das Ciências Sociais.
Nesse sentido, a autora busca diferentes a etapa do “desenvolvimento nacional” da etapa do “desenvolvimento transnacional”. O “desenvolvimento nacional” vai dos anos 30 até os 50 e configura o início das transformações constitutivas da fase contemporânea da sociedade brasileira, ou seja, quando ganham destaque os processos socioeconômicos da industrialização e urbanização, bem como os processos