Fichamento Pedagogia da Autonomia
2058 palavras
9 páginas
A obra Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, 1966, Paulo Freire sugere que o docente tem que ter consciência e responsabilidade na qualidade de construtor do conhecimento. Tal conhecimento não deve jamais ser transferido para o aluno, mas sim fazer com que o educando seja estimulado na busca de novos conhecimentos. Freire salienta a necessidade da esperança e do otimismo para mudanças e a necessidade de nunca se acomodar, pois "somos seres condicionados, mas não determinados”. O livro é divido em três capítulos. Em cada capitulo Freire apresenta sua visão de uma educação autônoma, tanto por parte dos educadores quanto dos educandos, explicitando a importância da relação docente-discente na busca de um aprendizado efetivo e de qualidade. A obra fala sobre uma pedagogia transformadora, fundada na ética, no respeito à dignidade e a própria autonomia do educando. Desta forma, o aluno deve se assumir enquanto sujeito histórico-cultural do ato de conhecer. Portanto, a ação pedagógica não pode ser impermeável á mudanças. (p.4) Freire destaca que a solidariedade é compromisso histórico, é uma luta capaz de promover a ética universal do ser humano, tão quanto a pratica docente, que deve ser movida pelo desejo, vivida com alegria e sonho e com seriedade e simplicidade inerente ao saber da competência. Vale salientar que para Freire, a ética universal condena o cinismo do discurso e a exploração da força de trabalho, pois está é inseparável da prática. (p.5-8) O primeiro capítulo apresenta o tema “não existe docência sem discência”, no qual Freire deixa claro sua essência como educador e principalmente, como ser humano. Para ele, ensinar é criar possibilidades para a produção ou construção de conhecimentos, de modo que o educador e o educando aprendem e ensinam juntos e quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, tanto mais se constrói e desenvolve a curiosidade epistemológica,