Fichamento Paisagismo I
No Brasil, o caminho do paisagismo é completamente diverso, não contando com uma qualificação profissional claramente institucionalizada.
Essa característica, embora seja um entrave a aprofundamentos necessários, a uma clara função social e formação do profissional, pode também ser vista como uma peculiaridade própria, a partir da qual deveremos encontrar nosso caminho, diverso mas não alheio àqueles definidos anteriormente.
O trabalho de Benedito Abbud mostra uma antecipação necessária, organizando-se empresarialmente para suprir as demandas do mercado, sem perder sua fundamentação em um método rigoroso e na investigação da linguagem adequada às exigências da produção do entorno do espaço edificado hoje.
O espaço resultante dessa nova estética ou moda aponta para um não lugar, uma vez que hipervaloriza a ordem, o controle, a ausência do tempo sobre as coisas; é, portanto, um espaço surrealista de ausência, sem fatura humana, substituída que foi pelo controle tecnológico; coisas muito comuns na arquitetura das últimas décadas.
Análise Crítica:
O caminho do paisagismo brasileiro é diverso, não contando com uma qualificação especifica, com isso podemos observar que um dos maiores paisagistas do seculo atual que foi Burle Marx, era formado em artes plásticas. Mas isso não interfere na aprendizagem brasileria, existe muitos arquitetos paisagistas e com um repertorio enorme de grandes obras. Uma informação muito produtiva e que hoje podemos desfrutar foi o empenho de Robert Coelho Cardozo, um importante nome no paisagismo e no ensino, foi ele que introduziu a diciplina “Arquitetura Paisagistica” na então recém criada FAU-USP, daí em diante formaram-se “Arquitetos Paisagistas” de renome desde a década de 60.