Fichamento Michels
Matrícula: 130100544
Existem muitos cientistas que desenvolveram visões diversas baseadas em interpretações próprias sobre a obra de Marx. Aqui, Michels discorre a respeito de uma apurada e insistente política democrática falsa, sendo mais de essência oligárquica. Ele analisa as chances de se aplicar “uma simples política socialista” (MICHELS, 1982, p. 219) na realidade. (p. 219)
Apesar de haver ações democráticas num Estado com perspectivas democráticas, há a certeza da corrupção que o poder impõe. A esquerda aparece como representação da política socialista, mas há o fato que a enfraquecerá: o sistema oligárquico enraizado na política. (p. 219)
Como condição de tomada de poder legítima, o partido proletário acaba por transformar-se no tipo de formação que ele deseja atacar, ou seja, o governo. Por ser uma versão menor da força que ocupa o cargo desejado, o partido nunca conseguiria se erguer diante do superior. Para não ser totalmente destruído, as ideias passam a convergir e o caráter revolucionário toma um sentido mais brando do que o original para aliar-se ao sentido proposto pelo governo. O empreendimento a revoluções é colocado como plano futuro e, assim, o socialismo aproxima-se do conservadorismo. (p. 221)
Isso ocorre porque o comprometimento com o corpo do partido é maior do que com o programa revolucionário inicialmente colocado. O corrompimento é em prol de continuar existindo e não obstaculizar os planos daqueles envolvidos. Confrontar o conservadorismo teria um preço alto diante do valor dado ao poder, que aqui acaba por se caracterizar como um fim. A revolução tem seu trono tomado por ele. (p. 225)
Surge, da maioria, uma minoria-oligarquia que oprime quem antes devia representar. “Burgueses-socialistas” é o termo usado para dramatizar as ações praticadas a seu favor. (p. 225-235)
A democracia é muito vulnerável por esses motivos. Sempre se cria uma classe dominante minoritária que se impõe e detém a ordem e a