Fichamento hannah arendt
• Numa crise, por mais claro que um problema de ordem geral se possa apresentar, é sempre impossível isolar completamente o elemento universal das circunstâncias concretas em que esse problema aparece.
• Apesar da crise na educação afetar o mundo inteiro, é na América que ela assume a forma mais extrema.
• Essa extrema forma que a crise educacional toma na América, é pelo fato de que apenas nessa região uma crise na educação pode se tornar um fator político. a educação desempenha na América um papel diferente, de natureza política, incomparavelmente mais importante do que nos outros países.
• A explicação técnica versa obviamente no fato de a América ter sido sempre uma terra de imigrantes.
• No que diz respeito à política há aqui uma grave incompreensão: em vez de um indivíduo se juntar aos seus semelhantes, opta por uma intervenção ditatorial, baseada na superioridade do adulto, procurando produzir o novo como se o novo já existisse.
• Devemos ter presente outro fator mais geral que, se não constituiu a causa da crise, a agravou em elevado grau. Trata-se do papel que o conceito de igualdade desempenha na vida americana. Trata de uma noção na qual está envolvida muito mais do que a igualdade perante a lei mais também do que o nivelamento das distinções de classe.
• Apesar de a educação americana ser obrigatória até 16 anos de idade e já na Europa, especificamente na Inglaterra ter aberto recentemente a oportunidade para os jovens cursarem o ensino secundário, através de uma avaliação rígida, que escolhe apenas cerca de 10% das crianças de 11 anos. Isso cria como a autora afirma uma aristocracia de talento. Porém, esses fatores ainda não são suficientes para explicar essa crise.
• Essas medidas catastróficas podem ser explicadas, segundo a autora, a partir de três idéias-bases. A primeira idéia base seria que existe uma sociedade “das crianças”, ou seja, um mundo