Fichamento hannah arendt
Jürgen Habermas trata sobre o conceito, estruturas e aplicações do poder por Hannah Arendt e compara os diferentes conceitos por M. Weber, T. Parsons e H. Arendt. Para Max Weber, poder é a imposição da vontade, a capacidade de influenciar a vontade de outrem, a dominação ele segue o modelo teleológico da ação que só considera indivíduos orientados para o sucesso próprio. “O poder significa aquela probabilidade de realizar a própria vontade, dentro de uma relação social, mesmo em face de resistência ¹” (p. 101). Já para Hannah Arendt, poder é o acordo quanto à ação comum, a comunicação livre de violência e orientada para o entendimento recíproco, seu modelo de ação é o comunicativo. “O poder resulta da capacidade humana, não somente de agir ou de fazer algo, como de unir-se a outros e atuar em concordância com eles ²” (p.101). E Talcott Parsons concebe como poder a capacidade de um sistema de realizar o necessário do interesse coletivo, que são transformados em decisões obrigatórias, a mobilização do consentimento produz o poder. Aprofundando nos conceitos de H. Arendt, o poder tem um fim em si mesmo, serve para preservar a atividade humana em sociedade, o poder das convicções orienta o entendimento recíproco e não para o sucesso próprio, diferentemente do modelo de M. Weber, ele é construído na ação comunicativa e é o resultado da fala e entendimento mútuo entre os participantes. Na ação comunicativa, modelo de ação de poder, os indivíduos são únicos e seres responsáveis. Baseada no conceito de subjetividade e intersubjetidade têm a hipótese central de H. Arendt: “nenhuma liderança política pode substituir impunemente o poder pela violência, e só pode obter o poder através de um espaço publico (Oeffentlichkeit) não-deformado” (p.105). Segundo Habermas, as aplicações do conceito comunicativo de poder, para H. Arendt, são as desobediências