Fichamento - experiência individual e ordem cultural
Campus Universitário de Tocantinópolis
Curso de Ciências Sociais
Disciplina: Antropologia III
EXPERIÊNCIA INDIVIDUA E ORDEM CULTURAL (pp. 301-316). Décimo capitulo SHALINS, Marshall. CULTURA NA PRÁTICA. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2004.
“Vou ressuscitar uma questão sobra a qual os antropólogos detestam pansar hoje, embora, como estudiosos da cultura, tenha responsabilidade fundamental de discuti-la. Refiro-me ao problema do ‘determinismo cultural’ ou da relação entre a ação individual e a ordem cultural. (...). O que proponho fazer é refletir (de modo extremamente esquemático) sobre as implicações do interesse atual pelo simbolismo e pelo estruturalismo para a idéia convencional de que a cultura é sui generis – um objeto dito superorgânico, independente dos sujeitos humanos que o atualizam.” (p. 301)
Individualismo utilitarista e determinismo cultural
“Convém lembrar que o conceito de superorgânico foi desenvolvido na antropologia – e também, com o fato social durkheiminiano, na sociedade e na consciência ocidentais – presente, sem duvida, como a maneira pela qual essa sociedade toma consciência de si. (...). Esse individualismo utilitarista é, com exceção talvez do marxismo, a única analise coerente da cultura que o Ocidente produziu. (...). ‘A utilidade denomina o estudo da cultura’, como disse A. M. Horcart, ‘porque domina a cultura que estuda.’” (p. 302) “(...).Quer se escolha ir a um jogo de beisebol ou a um concerto, tirar férias o Havaí ou comprar o Oxford English Dictionary, todas essas ações e opções devem traduzir-se, primeiro, em seu aparente denominador comum de ‘prazeres’ ou ‘satisfações’, entre os quais distribuímos prudentemente nossos recursos pecuniários limitados. Na tradução, portanto, o conteúdo social que o distingue se perde, daí resultando que, do ponto de vista dos nativos, toda a cultura parece ser constituída por (e como) um calculo econômico sistemático por parte de