Fichamento do texto "A relação do sujeito com o tempo na atualidade"
Fichamento do texto
“FERREIRA MONTES, F e HERZOG, R. A relação do sujeito com o tempo na atualidade. Pulsional, Revista de Psicanálise. Ano XVIII, n. 184, dezembro/2005”
O artigo “A relação do sujeito com o tempo na atualidade”, redigido por Fernanda Ferreira Montes e por Regina Herzog, tem como finalidade promover uma discussão acerca da relação do ser humano com o tempo, a partir da análise das transformações da forma como o tempo é percebido na atualidade (2005, p.49). Além disso, tendo em vista uma abordagem psicanalítica, as autoras avaliam as consequências do contexto cultural contemporâneo, caracterizado pela “condensação do fluxo do tempo” (FERREIRA MONTES e HERZOG, 2005, p.49), para a construção da subjetividade humana.
Inicialmente, Fernanda Ferreira e Regina Herzog propõem uma análise do sujeito com o tempo do ponto de vista da sociedade contemporânea. Para elas, as novas tecnologias acarretaram uma mudança dessa conexão do homem com o tempo, de modo a ocasionar uma redução das distâncias e uma noção, apenas aparente, de aproximação dos indivíduos. Esse cenário, na concepção das autoras, provocou “uma quebra da fronteira que separa o público do privado, o fora do dentro, enfim, o eu do outro” (2005, p. 51), além de culminar no rompimento com uma ideia de construção linear da subjetividade humana. Como consequência desse quadro, estabelece-se um conceito de sujeito que apresenta “consistência imaginária” (2005, p. 51), em virtude do desmoronamento das relações sociais.
Outro aspecto ressaltado pelas autoras é a “quebra da fronteira entre vida e morte” (2005, p. 51), que resulta de uma concepção de que não há limites para a ciência, de que o impossível é apenas “questão de tempo” (2005, p. 51). Além disso, houve uma mudança perceptível na ideia de trabalho na sociedade contemporânea, uma vez que essa sociedade demanda, em grande medida, velocidade de negócios e