Fichamento do livro "Morte e Vida das Grandes Cidades"
PALAVRAS–CHAVE: urbanismo; diversidade; grandes cidades.
Em seu livro “Morte e Vida das Grandes Cidades”, Jane Jacobs faz um relato de como as cidades funcionam na prática e critica as doutrinas modernas do urbanismo dos anos 50, o que chama de urbanismo ortodoxo – baseado na demolição de elementos considerados indesejáveis para aplicação de infraestruturas forçadas e que não combinam com os antigos habitantes da região modificada.
Segundo a autora, e o grau de urbanidade de uma cidade, bairro ou rua dependem da vitalidade ali presente, ou seja, a cidade é um conjunto das relações entre as pessoas, o espaço construído por elas e mais a natureza. Além disso, defende a diversidade de usos, classes sociais, tipos de edificações ao longo de toda a cidade. Isso explica sua crítica ao ideal de setorização do modernismo.
Contra o bucolismo das cidades-jardins do urbanismo moderno, Jacobs defendia a densidade das metrópoles, procurando identificar tanto as razões da violência e do abandono, quanto as que levam a qualidade de vida ao cuidado dos espaços da cidade.
Dessa forma, para ela, as cidades devem manter a vitalidade que a variedade de usos e de espaços fornecem, além do uso misto para cada espaço. Para isso, o espaço de morar, passear, trabalhar fazer compras, conviver e circular devem coexistir, de forma que em todos os horários do dia haja pessoas transitando nas ruas e relacionando-se entre si. Assim, esses espaços proporcionam a proximidade das pessoas, fortalecendo o seu relacionamento e, consequentemente, melhorando os índices de criminalidade e o próprio desenvolvimento do espaço como um todo.
Ainda contra as cidades-jardins, Jacobs ressalta ainda que espaços como calçadas e ruas da cidade proporcionam muito mais lazer e convivências que as áreas criadas para essa finalidade, como os parques, por exemplo. Isso se explicaria por haver imensas áreas vazias em área pouco populosas e, nos