Fichamento do capítulo “A Escola de Relações Humanas” do livro Teoria Geral da Administração.
MOTTA, Fernando Cláudio Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. A Escola de Relações Humanas. In: Teoria Geral da Administração. 3 ed. revista. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. p. 43-62.
A Escola Clássica de Administração enfatizava o papel dos sistemas de trabalho no sucesso de uma organização. Para os teóricos dessa Escola, os métodos e as regras de produção, por si só, seriam suficientes para alavancar a produtividade (e, consequentemente, os lucros) de uma empresa. Além dessa ideia, o conceito de “pessoa” era de um ser elementar, cujas ações eram previsíveis. No decorrer do tempo, os estudiosos organizacionais foram percebendo outros aspectos que estavam relacionados à motivação, além da complexidade do ser humano, dando origem, assim, à Escola de Relações Humanas. A partir de estudos iniciados em 1927 por professores da Universidade de Harvard na fábrica de equipamentos telefônicos de Hawthorne, pertencente à Western Eletric, foram surgindo novas concepções sobre os incentivos nas organizações. Esses estudos, baseados nas teorias de Taylor, Gilbreth e seus sucessores, mostraram que as condições físicas de trabalho não eram tão determinantes para o aumento da produtividade; o relacionamento entre as pessoas tinha um peso maior.
...o fato de que os trabalhadores eram observados pelos pesquisadores durante o seu trabalho e a comunicação com estes os levou a considerar que havia maior interesse e preocupação por parte da direção com a melhoria de suas condições de trabalho e isso os impulsionou a trabalhar e a produzir mais, independentemente da variação da iluminação. Esses resultados mostraram que o simples fato de os indivíduos serem observados muda seu comportamento. Chamou-se a atenção para as necessidades afetivas dos empregados (Motta e Vasconcelos, 2006, p.