Fichamento do capítulo “A Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações” do livro Teoria Geral da Administração.
MOTTA, Fernando Cláudio Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. A Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. In: Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. p. 163-207.
A teoria geral dos sistemas surgiu e se popularizou após o fim da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1950, a partir dos trabalhos de Ludwing von Bertalanffy, que divulgavam o conceito de sistemas abertos em várias disciplinas. A abordagem sistêmica vê a organização como um conjunto de papéis, onde os indivíduos que os ocupam estão inter-relacionados.
No interior de um conjunto de papéis, um indivíduo exerce determinadas ações para relacionar-se com os demais e tais ações compõem o comportamento do papel. Além disso, cada participante de um conjunto de papéis mantém determinadas expectativas quanto ao papel dos demais e procura enviá-las àqueles. Da mesma forma, cada participante recebe e interpreta essas expectativas no sentido de alterar ou reforçar o seu comportamento do papel. Por sua vez, esse comportamento vai alterar ou reforçar as expectativas de papel dos demais. Esse esquema não é, contudo, fechado, Nele intervêm variáveis que compõem o contexto em que está inserido. Tais variáveis são de três classes: organizacionais, de personalidade e interpessoais (Motta e Vasconcelos, p. 181-182).
Dessa forma, a posição ocupada pelo indivíduo na hierarquia, a sua personalidade (flexível ou não) e o seu relacionamento com os outros integrantes da organização influenciam o processo. Um dos obstáculos à identificação do homem com a empresa é o fato de que sua inclusão nesta deve ser parcial, ou seja, apenas os aspectos de sua personalidade que são pertinentes à tarefa que ele ocupa são aceitos; os demais são