Fichamento do capítulo “O Estruturalismo e a Teoria da Burocracia” do livro Teoria Geral da Administração.
MOTTA, Fernando Cláudio Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. O Estruturalismo e a Teoria da Burocracia. In: Teoria Geral da Administração. 3 ed. revista. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. p. 123-161.
O estruturalismo destaca o todo, não apenas as partes. Os indivíduos estariam associados às organizações, e estas, por sua vez, estariam agregadas à sociedade – o sistema social –, sendo modificadas e influenciadas por ela. Esse conceito de organização aberta se difere da ideia defendida pela Escola Clássica, que tratava as organizações como um sistema fechado, alheias ao mundo onde estão inseridas. Para os estruturalistas, a união das partes forma mais que um todo; existe uma relação de interdependência no conjunto, em que cada parte colabora com o todo e também recebe a contribuição deste. São quatro as correntes estruturalistas: Estruturalismo Abstrato, desenvolvido por Lévi-Strauss, que rejeita o individualismo e opta por uma postura totalizadora; Estruturalismo Concreto, tendo Radcliffe-Brown e Gurvitch como expoentes, que “considera a estrutura a própria definição do objeto” (Motta e Vasconcelos, 2006, p. 126); Estruturalismo Fenomenológico, cujo principal autor é Max Weber, que aponta para a interação dos atores sociais para a construção, em conjunto, dos “significados compartilhados que constituem a sua realidade” (Motta e Vasconcelos, 2006, p. 127); Estruturalismo Dialético, influenciada pelas ideias marxistas, que apontam para uma alienação do trabalhador quanto à sua participação e importância na organização.
Partindo do ponto de vista proposto pela corrente dialética, a própria participação dos operários nas decisões da empresa seria uma espécie de ilusão: os trabalhadores, através de votação, acatariam as decisões anteriormente tomadas pela