Fichamento do capítulo 1 de "Homens, engenharias e rumos sociais"
1. Em torno das três engenharias – a física, a humana e a social – e de suas projeções sobre o futuro humano, em geral, e brasileiro, em particular.
“Situando-se entre a engenharia física e a social, a engenharia chamada humana é a que cuida das relações entre o homem e as tecnologias modificadoras de algumas daquelas circunstâncias de que falava Ortega.” (p. 61)
“É a (engenharia humana) que se volta, com critério científico, para adaptação do homem a tecnologias e de tecnologias ao homem.” (p. 61)
“A crescente presença das três engenharias no mundo moderno dá atualidade ao problema, já antigo, das relações entre ciência pura e ciência aplicada.” (p. 68)
“A engenharia social é ciência social sob este aspecto: o de ciência que aplicável, se torna aplicada.” (p. 68)
“O caminho certo parece ser o da ciência pura que se prolongue em ciência aplicada, sem se deixar prejudicar pelo imediatismo ou pelo excesso de planificação sistemática.” (p. 70)
“O (caminho) da ciência social que se prolongue em engenharia social sem deixar de ser ciência para tornar-se reforma ou serviço social do tipo humanístico ou filantrópico.” (p. 70)
“O (caminho) da engenharia física que se desenvolva de ciências puras, ao mesmo tempo que a engenharia humana, visando a disciplinar cientificamente as relações entre o homem e o seu espaço de trabalho.” (p. 70)
“A moderna engenharia humana o que faz é sistematizar essa humanização científica de condições e de equipamento de trabalho, procurando aperfeiçoar ao máximo as relações, por exemplo, entre os instrumentos de trabalho e o contorno das mãos, do homem, de modo que, ajustadas cientificamente essas relações, o trabalho a executar-se possa ser mais rápido e mais preciso e ao mesmo tempo mais agradável para o trabalhador.” (p. 76)