Fichamento Crítico Discurso do Método
“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bom provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa, não costumam desejar tê-lo mais do que o têm.” (Página 41) “Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplica-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, tanto quanto das maiores virtudes, e os que só andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm e dele se distanciam” (Página 41)
Todos tem bom senso e por isso podem julgar. Sendo que cada pessoa pensa de maneira diferente. O indivíduo que dá um passo de cada vez consegue aplicar o seu conhecimento, a sua bondade. Pois é como se aplica que faz a diferença.
“Assim, o meu desígnio não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão, mas apenas mostrar de que maneira me esforcei por conduzir a minha. Os que se metem a dar preceitos devem considerar-se mais hábeis do que aqueles a quem os dão; e, se falham na menor coisa, são por isso censuráveis.” (Página 43)
“Pois afigurava-se-me poder encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada qual efetua no respeitante aos negócios que lhe importam, e cujo desfecho, se julgou mal, deve puni-lo logo em seguida, do que naqueles que um homem de letras faz em seu gabinete, sobre especulações que não produzem efeito algum e que não lhe trazem outra consequência, senão talvez a de lhe proporcionarem tanto mais vaidade quanto mais distanciadas do senso comum, por causa do outra tanto de espírito e artifício que precisou empregar no esforço de torna-las verossímeis.” (Página 47)
Quem dar os preceitos tem o dever ser capaz para isso.
Segunda parte
“[...] pensei que, como todos nós fomos crianças antes de sermos homens, e como nos foi preciso por muito tempo sermos homens, e como todos nós por muito tempo sermos governados por nossos apetites e nossos preceptores, que