OBJETIVO: para a autora as últimas décadas registraram o ressurgimento da valorização do campo do conhecimento das políticas públicas e três fatores foram preponderantes para isso: a adoção de um orçamento equilibrado, restrições à intervenção do Estado na economia e nas políticas públicas, ambos proporcionados pelo ajuste fiscal, e a necessidade de formar coalizões políticas capazes de redesenhar políticas públicas que possam impulsionar o desenvolvimento econômico e a inclusão social ao mesmo tempo. Assim, com o artigo ela busca rever as principais formulações teóricas e conceituais mais próximas da literatura específica sobre políticas públicas e da literatura neo-institucionalista, contribuindo com isso, para o teste empírico nas pesquisas sobre políticas públicas brasileiras. Apresenta como e por que surgiu a área de políticas públicas, dizendo que como disciplina foi nos Estados Unidos com ênfase na ação de governo, quase que uma ruptura ao modelo estudado na Europa que era voltado para explicar o papel do Estado. Cita como “pais fundadores” dessa área de conhecimento: Laswell (1936) que tentou conciliar conhecimento científico/acadêmico com a produção empírica; Simon (1957) argumentou que a limitação da racionalidade que influencia a decisão dos gestores poderia ser minimizada pelo conhecimento racional; Lindblom (1959; 1979) inseriu outras variáveis na análise das políticas públicas como as relações de poder e a integração entre as fases do processo decisório; e por último Easton (1965) que definiu a política pública como um sistema, uma relação entre formulação, resultados e o ambiente. Logo após apresentar seus fundadores a autora demonstra a complexidade de se definir políticas públicas que não teria uma única ou melhor definição. A mais conhecida é a de Laswell: “decisões e análises sobre política pública implicam responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por quê e que diferença faz”. Porém as definições mais usuais concentram o