Fichamento Cap
Texto: Desenho da Figura Humana
Autor: Claudio Simon Hutz, Denise Ruschel Bandeira
Bibliografia: CUNHA, J.A. Psicodiagnóstico V. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
No final do século XX, acreditava-se que o desenho de crianças podia ser visto como indicador do desenvolvimento psicológico (Goodenough, 1974). A primeira escala com critério de análise do desenho da figura humana (DFH), como medida de desenvolvimento intelectual de crianças, foi desenvolvida por Florense Goodenough, em 1926. Posteriormente, essa escala foi revisada e expandida por Harris (1963).
Com o passar do tempo, novos estudiosos interessados por este tema, foram dando contribuições e ampliando este conhecimento. A publicação do trabalho de Koppitz (1968) forneceu mais do que uma alternativa à escala de Harris-Goodenough para avaliar inteligência. Pela primeira vez, surgia um sistema quantitativo objetivo de avaliação do DFH para o diagnóstico de problemas de aprendizagem e distúrbios emocionais. Isso permitiu que, já na década de 70, o DFH se tornasse mais abrangente e tivesse seu uso intensificado, sendo que hoje, é um dos testes mais empregados em pesquisa e na prática profissional do psicólogo em várias áreas. O DFH é uma técnica útil na avaliação de crianças, adolescentes e até mesmo adultos.
O desenho da figura humana é um instrumento muito usado para avaliação do desenvolvimento infantil. Harris (1963) prefere entende-lo como medida de maturidade conceitual, ou seja, o conceito que a criança tem do corpo humano. Introduz-se, então, o enfoque do desenvolvimento infantil no desenho, estudado por Koppitz (1968), que produziu um sistema de avaliação objetivo muito utilizado internacionalmente.
Outro aspecto onde o DFH é muito usado consiste na avaliação da personalidade e ajustamento emocional. Baseada nos estudos de Machover e de Hammer, estabeleceu uma escala de 30 indicadores emocionais capazes de diferenciar crianças sem e com problemas emocionais (em