Fichamento - arqueologia da violencia
Antropologia
11/04/2014
Murilo Henrique Curotto
O termo etnocídio veio da necessidade de categorizar um tipo de crime que até os anos 40, não era reconhecido. O termo genocídio, quer dizer o extermínio de uma cultura, a destruição sistemática dos modos de vida e do pensamento de povos diferentes daqueles que empreendem sua destruição. Enquanto o genocídio, que extermina as pessoas de determinada cultura, o etnocídio extermina a cultura de determinadas pessoas, com o fim de implantar novas ideias a elas. Ao contrario do espírito genocida, que admite que outras ideias diferentes da própria do individuo genocida são más e decide negá-las, o etnocida admite a relatividade do mal, embora suas ideias sejam diferentes e, portanto, más, é possível melhorar estas pessoas obrigando-as a se transformar ate que se tornem o mais parecido ao modelo imposto a eles.
Um grande exemplo etnocida seriam os missionários, que ensinam que religiões não evangélicas, são pagãs, diferentes, e, portanto inaceitáveis e devem ser reprovadas. O horizonte no qual se destacam o espírito e a prática etnocida é determinado segundo dois axiomas. O primeiro proclama a hierarquia das culturas: há as que são inferiores e as que são superiores. Quanto ao segundo, ele afirma a superioridade absoluta da cultura ocidental. Portanto a relação com culturas mais primitivas podem ser aceitas, enquanto for negada sua igualdade.
Na visão do etnocida, o etnocídio não seria um ato de maldade, de retirar os ideais e a substancia daquele povo, mas sim de reformar esta sociedade, uma tarefa necessária, imposta pelo humanismo inscrito no núcleo da cultura ocidental.
Etnocentrismo é a vocação de avaliar as diferenças pelo padrão da própria cultura. Os próprios povos primitivos implicam esta ideia, não somente a ocidental, a simples afirmação de superioridade de existência cultural, recusa o reconhecimento de outras culturas como