Fichamento - Anos dourados

Fichamento de “Os Anos Dourados” – Eric Hobsbawm Os Anos Dourados começam em 1950 quando o mundo capitalista desenvolvido passou por uma fase excepcional, devido aos grandes crescimentos econômicos que aconteceram naquela época. No entanto, seu brilho não foi reconhecido de imediato. Para os EUA, a fase de bonança foi apenas uma continuação do pós- Segunda Guerra, já que esta os proporcionou fomento e aumento da produção industrial mundial. Além disso, em comparação com outros países, que avançavam com taxas de crescimento impressionantes, os EUA não apresentaram crescimento equiparado. No entanto, esse fato não deve ser interpretado como um atraso norte-americano, uma vez que o país não sofreu danos e não precisava de reconstituição como os países europeus assolados pela guerra. A recuperação era medida primordial para estes países e para o Japão, além de apagar o medo da expansão vermelha para os países não comunistas. Na década de 60, na Europa Ocidental, o desemprego estacionou em 1,5% e análises apontavam para um constante crescimento. Aliás, não se previam barreiras que conteriam tal pujança, mas apenas prosperidade. Apesar de a taxa de crescimento da URSS ter sido a mais veloz de qualquer país capitalista, e de muitos países comunistas terem apresentado maior agilidade de reconstrução, o capitalismo avançava mais que o comunismo e, por isso, os Anos Dourados remetem-se essencialmente aos países capitalistas desenvolvidos. Apesar de ter repercussões mundiais, a riqueza toda gerada nesta época não atingia todo o globo; os países pobres tiveram um aumento populacional jamais presenciado antes, acompanhado pelo aumento da expectativa de vida. Isso significava produção em massa de alimentos maior que o aumento populacional. A parir da década de 60, ficaram cada vez mais evidentes as disparidades entre países pobres e ricos, no que tange à produção alimentícia: aqueles cada vez com mais fome e estes com excedentes de produção. Expansão dominava todos os