Fibromilagia
2.1 ASPECTOS GERAIS
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por queixa dolorosa musculoesquelética difusa e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas. Outras manifestações, que podem acompanhar o quadro, são fadiga crônica, distúrbio do sono, rigidez muscular, parestesias, cefaléia, síndrome do cólon irritável, fenômeno de Raynaud, assim como a presença de alguns distúrbios psicológicos, em especial ansiedade e depressão. Os estudos epidemiológicos para a determinação da prevalência da fibromialgia são escassos e até 1990 os dados eram conflitantes, devido às diferenças entre os padrões de referência de cada serviço, aos diferentes critérios diagnósticos utilizados, assim como às diferenças regionais entre as populações. A freqüência da fibromialgia é de 1 a 5% na população em geral Considerando os pacientes atendidos em clínica médica, a freqüência da fibromialgia é em torno de 5% o que corresponde a 2.1% dos atendimentos do médico de família e a 7.5% dos pacientes hospitalizados Na clínica reumatológica, por sua vez, ela é detectada entre 14% e 20% dos atendimentos. A fibromialgia é mais freqüente no sexo feminino, sendo 73 e 88% dos casos descritos no sexo feminino. Em média, a idade do seu início varia entre 29 e 37 anos, sendo a idade de seu diagnóstico, entre 34 e 57 anos. Segundo o estudo multicêntrico realizado por WOLFE et al., 1990, a média de idade por ocasião do diagnóstico foi de 49 anos, sendo 89% mulheres e 93% caucasianos.
2.2 Fatores Etiopatogênicos
A origem da fibromialgia está relacionada à interação de fatores genéticos, neuroendócrinos, psicológicos e distúrbios do sono. As alterações nos mecanismos de percepção de dor atuam como fator que predispõe o indivíduo à fibromialgia, frente a processos dolorosos, a esforços repetitivos, à artrite crônica, a situações estressantes como cirurgias ou traumas, processos infecciosos, condições psicológicas e até