Fibromialgia
No século XIX, o termo reumatismo era utilizado, de uma forma geral, para os acometimentos dolorosos referentes às articulações ou ao sistema musculoesquelético. Alguns especialistas da época já descreviam a presença de nódulos musculares bastante dolorosos, encontrados em indivíduos com síndrome álgica musculoesquelético crônica. Outros denominaram ‘’fibrosites’’ um grupo de síndrome caracterizadas por dor localizada em uma determinada região muscular.
As síndromes álgicas crônicas, não associadas a sinovite, tendinite ou artrose comprovadas, eram consideradas por muitos reumatologistas como ‘’reumatismo psicogenico’’, principalmente quando os exames laboratoriais eram normais. Esses indivíduos eram tidos como portadores de histeria de conversão, e encaminhados á psicoterapia.
Somente a parti da década de 70, percebeu-se que essas síndromes álgicas constituíam, na verdade, uma única entidade nosológica cuja causa não encontrava explicação apenas nas alterações psicológicas...nascia o conceito de fribromialgia.
Definição
Fibromialgia é uma doença caracterizada por dor musculoesquelética crônica (superior a 3 meses), associada á presença de uma série de pontos doloridos específicos no corpo e, geralmente, a sintomas gerais inespecíficos, tais como: distúrbios do sono, fadiga, cefaleia, parestesia, síndrome do colon irritável e alterações do humor.
Epidemiologia
Definindo-se a fibromialgia pelos critérios clínicos acima e excluindo-se outras doenças reumáticas como causa dos sintomas, a sua prevalência na população adulta é em torno de 1%. Nas mulheres a prevalência é de 2%, enquanto nos homens é de 0,5%.
É mais comum em mulheres de meia-idade (35-55 anos), responsáveis por cerca de 80% dos casos. Pelos dados de uma estatística americana, a fibromialgia acomete 6% da população que se consulta com o clínico e 15-20% dos pacientes atendidos pelo reumatologista. Portanto não é uma doença incomum.
Fisiopatologia
A etiologia e a