Ferro fundido
TÉCNICO
Instalações de regeneração compartilhadas podem amenizar o problema do investimento. Outra solução é o recurso a serviços oferecidos por centrais de regeneração, como as que operam na Europa e no Japão e, pelo menos uma, no Estado de
São Paulo. Mas essas centrais não têm tido aceitação unânime: muitos clientes referem problemas de qualidade atribuídos à contaminação ou troca de sua areia com a de outro cliente. Os custos do transporte da areia (ida e volta) entre a fundição e a central também são fatores limitantes.
Acatando sugestão do IPT, a Associação Brasileira da Indústria de Fundição (Abifa) criou, em 1995, um foro visando à discussão de possíveis soluções cooperativas. Complementado por uma avaliação experimental, no IPT, de tecnologias de regeneração e por um levantamento crítico de tecnologias em uso nos Estados Unidos e em alguns
Figura 4. Vista esquemática da unidade móvel de regeneração de areias de fundição, em construção, no IPT.
países europeus, esse foro, hoje incorporado à Comissão de Meio Ambiente da Abifa, tem dado uma contribuição relevante para o entendimento dos problemas envolvidos. Além de permitir uma visão mais abrangente do problema, levou à elaboração, com apoio do
PADCT, de um projeto cooperativo liderado pelo IPT, do qual participam três fundições e a Abifa. A par do estudo dos parâmetros tecnológicos da regeneração, o projeto propõe o conceito de
Unidade Móvel de Regeneração de
Areia de Fundição. Estudos de viabilidade comprovam que unidades móveis de regeneração competem favoravelmente com unidades centrais e requerem investimentos iniciais menores e passíveis de serem aplicados de forma progressiva. No âmbito desse projeto, encontra-se em construção uma unidade móvel com capacidade para regenerar até três toneladas de areias de fundição/hora, figura 4, suficiente para atender à demanda de várias fundições de pequeno ou médio porte.
Ferro fundido com grafita