Fernando Pessoa
O Simbolismo:
Esta corrente caracteriza-se por desvalorizar o que é dito e valorizar o modo como é dito. Assim, através de uma linguagem simbólica e musical, pretende-se criar ambientes e transmitir sensações. Deste modo, a poesia é vaga e subtil, visto que não tem como objectivo transmitir uma mensagem, mas promover no leitor o mesmo estado de espírito do poeta.
Caracteriza-se também pelo culto do Vago, do Além e do Mistério.
O Paulismo:
Esta corrente encontra-se patente no poema de Fernando Pessoa Ortónimo, “Impressões do Crepúsculo”. Esta poesia caracteriza-se por: confusão do objectivo e do subjectivo; expressão do vago e do indefinido; subtileza das sensações sugeridas; violação das regras gramaticais (representavam o consciente); utilização de vocabulário e de maiúsculas com fins expressivos; complexidade da forma como a mensagem é transmitida.
A poesia paulista exprime o desejo do poeta aceder ao inconsciente (sonho), de forma consciente. Além disso, esta poesia aponta para um poeta que se sente sufocado, oprimido (no consciente), que sente um enorme desejo de se libertar (inconsciente), embora já frustrado.
O Interseccionismo:
Esta corrente encontra-se patente no poema de Fernando Pessoa Ortónimo, “Chuva Oblíqua”. Na busca do “Eu”, Fernando Pessoa tenta aplicar a sobreposição de planos: o objectivo e o subjectivo, o interior e o exterior, o passado e o presente, o terrestre e o aquático, o material e o sonho, a realidade e a idealidade.
O Fingimento Poético: apresenta-se também como uma característica permanente na poesia de Pessoa.
Para Fernando Pessoa existem essencialmente dois tipos de emoções que representam pontos de partida para a criação poética: as emoções vividas e recordadas que são, por isso, alteradas pela razão; e as emoções não vividas, ou seja, falsas, imaginadas, “artisticamente sinceras”. Assim, segundo Fernando Pessoa, ambas as emoções acabam por ser fingidas: as