Fenômeno educativo e o ensino superior
Paulo Jorge de Oliveira Carvalho
INTRODUÇÃO
Este texto pretende discutir a abrangência do fenômeno educativo no que diz respeito à formação de professores para o ensino superior fundamentado em contribuições da Psicologia ao entendimento do desenvolvimento humano – cognitivo e emocional – e em reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem a partir de teorias de aprendizagem e de práticas pedagógicas na docência desse nível de ensino.
O principal objetivo é contribuir na formação de profissionais para a docência no ensino superior e melhorar a qualidade do ensino nos cursos de graduação.
O fenômeno educativo aqui considerado privilegia as principais dimensões que o compõem, quais sejam, humana, técnica, cognitiva, emocional, sócio-política, e cultural, pela influência direta no seu processo de realização. Conforme Mizukami (1986), “não se trata de mera justaposição das referidas dimensões, mas, sim, da aceitação de suas múltiplas implicações e relações” (p. 01).
Apesar da importância teórica presente nas principais abordagens do processo ensino-aprendizagem, importa estar atento ao perigoso mergulho no campo do reducionismo quando se considera uma ou outra com exclusividade, e sem a necessária análise, contextualização e discussão crítica.
Em geral, as teorias do conhecimento privilegiam um ou outro dos aspectos do fenômeno educacional – a abordagem humanista, por exemplo, tem como núcleo do processo ensino aprendizagem o estudo das relações interpessoais. A abordagem comportamentalista privilegia a dimensão técnica com base nos aspectos mensuráveis, objetivos e controláveis.
Das teorias psicológicas aplicadas à educação é possível depurar três importantes características: primado do sujeito, primado do objeto e interação sujeito-objeto, que determinam maneiras diferenciadas de aceitar a interação sujeito-ambiente – vital no entendimento de qualquer fenômeno educativo. e estágios. (MASETTO, 2010).
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