Felicidade clandestina
FELICIDADE CLANDESTINA
Rocco
Copyright © 1971, Clarice Lispector, Paulo Gurgel Valente e Pedro Gurgel Valente Direitos desta edição reservados à EDITORA ROCCO LTDA. Avenida Presidente Wilson, 231, 8º andar 20030-021 - Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 3525-2000 - Fax: (21) 3525-2001 rocco@rocco.com.br www.rocco.com.br Printed in Brazil / Impresso no Brasil estabelecimento do texto MARLENE GOMES MENDES (Dra. em Literatura Brasileira pela USP / Profa de Crítica Textual da UFF) CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. L7 53f Lispector, Clarice, 1925-1977 Felicidade clandestina: contos / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ISBN: 85-325-0817-0 1. Conto brasileiro. I. Título. 97 -2009
CDD 869.93
CDU - 869.0(81)-3
NOTA PRÉVIA
Todo texto com tradição - tomada a palavra no sentido que a Crítica Textual lhe empresta - tende a apresentar, nas reproduções que dele são feitas, um maior ou menor número de alterações que vão, desde os erros cometidos por distração de digitadores até as "correções" bem intencionadas de revisores ou copidesques. Por isso, é necessário que se proceda ao estabelecimento desse texto, procurando, no confronto com as edições publicadas em vida do autor, restituir-lhe sua fidedignidade e genuinidade. Clarice Lispector escrevia e reescrevia seus textos, mas não se preocupava em guardar manuscritos e originais, como se pode verificar no arquivo que se encontra na Fundação Casa de Rui Barbosa, cujo inventário foi organizado por Eliane Vasconcellos, e publicado em 1994. De toda sua obra ficcional, só restou um original datilografado: o de Água viva, a propósito do qual fala em carta a Olga Borelli, mostrando como trabalhava exaustivamente o texto: "...Não pude te esperar: estava morrendo de cansaço, porque estou trabalhando ininterruptamente desde as cinco da manhã. Infelizmente eu é que tenho que fazer a cópia de Atrás do pensamento, sempre fiz a última cópia dos meus